No alto do morro do Corcovado está instalado o Cristo Redentor, um dos pontos turísticos mais procurados do Rio de Janeiro. Maior e mais famosa escultura Art Déco do mundo, a estátua do Cristo Redentor começou a ser planejada em 1921 e foi desenvolvida pelo engenheiro Heitor da Silva Costa ao longo de cinco anos de trabalho, de 1926 a 1931, o ano de inauguração do monumento.
Está situado no Parque Nacional da Tijuca, a 710 metros do nível do mar, de onde se pode apreciar uma das mais belas vistas da cidade. Ao todo são 220 degraus que levam até os pés da famosa estátua, eleita uma das Sete Maravilhas do Mundo em votação organizada em 2007 pela instituição Suíça New 7 Wonders Foundation. O monumento é acessível via trem, van ou carro.
Para chegar ao monumento, há um agradável passeio de trem que, durante vinte minutos, atravessa a Mata Atlântica até chegar ao topo do Corcovado. Para facilitar o acesso dos visitantes, foram construídos três elevadores panorâmicos e quatro escadas rolantes. O visual é estonteante, o que torna o programa imperdível para quem visita a cidade.
Licenciamento de produtos
Quem olha hoje para o Morro do Corcovado não consegue sequer imaginá-lo sem a imagem do Cristo Redentor fixada em seu topo. O monumento, um símbolo do Cristianismo, foi inaugurado no dia 12 de outubro de 1931, após 5 anos de obras, e tornou-se um dos ícones do Brasil mais conhecidos internacionalmente.
Antes de mais nada, precisamos esclarecer uma dúvida que muitas pessoas e empresários têm em relação à propriedade intelectual do Cristo Redentor. Afinal de contas, a quem pertence o Cristo Redentor? Ele tem um dono?
A resposta a essa pergunta é sim! O Cristo Redentor pertence à Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro.
Vamos Conhecer um pouco mais da história para entender melhor:
Em 1926, a Arquidiocese do Rio de Janeiro iniciou a construção do Cristo Redentor, em terreno próprio, no Alto do Corcovado, recebido através de uma carta de aforamento e, posteriormente, cessão de uso da União.
Na época da construção, a Arquidiocese promoveu um concurso para escolha do projeto do monumento e contratou o engenheiro Heitor da Silva Costa, autor do projeto vencedor. Através de escritura pública, todos os direitos patrimoniais de autor foram cedidos à Arquidiocese do Rio de Janeiro, inclusive de seu colaborador, o estatuísta francês Paul Landowsky, que modelou a maquete do projeto.
Vale ressaltar que todo o custo para a construção do monumento se deu através de uma grande campanha de doação que a própria Arquidiocese realizou entre católicos de todo Brasil na época. Nenhum recurso público foi utilizado na construção.
A importância de se cuidar da parte de licenciamento de produtos do Cristo Redentor:
No fim dos anos 1990, começaram a aparecer questionamentos acerca da titularidade dos direitos autorais do Cristo Redentor. Ouvia-se naquela época a fantasiosa história de que o Cristo seria um presente do Governo Francês ao Brasil e até mesmo que teria sido construído na França e trazido ao Rio de Janeiro em pedaços.
Mesmo sendo de todo improvável, a fantasiosa história se espalhou e alcançou inclusive livros didáticos, tendo sido ensinado em escolas, durante anos, que o Cristo Redentor foi um presente da França. Essa informação equivocada tomou o imaginário de muitas pessoas e por isso, até hoje, muitos ainda têm dúvidas com relação ao tema.
O Departamento Jurídico da Mitra Arquiepiscopal do Rio de Janeiro, pessoa jurídica da Arquidiocese do Rio de Janeiro, instado a se manifestar acerca da titularidade dos direitos autorais do Cristo Redentor fez extensa pesquisa em seus arquivos históricos, localizando originais de documentos preciosos e esclarecedores sobre o cuidadoso processo que envolveu todo o planejamento, contratos, arrecadação de recursos e obra do monumento mais importante da Cidade do Rio de Janeiro. Estes documentos estão à disposição para consulta.
Licenciar vai muito além de uma questão legal:
Além de todas as questões legais que envolvem a propriedade intelectual do Cristo Redentor, é preciso esclarecer que a manutenção estrutural do Santuário, assim como de todo seu material humano que envolve sua operação é custeado exclusivamente pela Arquidiocese, através de contratos de patrocínios e doações. O pagamento de royalties provenientes do licenciamento de produtos é de fundamental importância para a obtenção de recursos visando à manutenção do Santuário Cristo Redentor.
O Cristo que abre seus braços para a cultura, para o social e para sustentabilidade:
Desde a ocasião de seu aniversário de 80 anos, o Cristo Redentor apoia e assiste diversas ações sociais, culturais e ambientais através do seu setor “Cristo Sustentável”. Através dessa iniciativa, centenas de famílias em situação de vulnerabilidade social já foram beneficiadas e diversas instituições contam com nosso apoio permanente.
O pagamento de royalties através do licenciamento de produtos também contribui com a manutenção desses projetos. Essa particularidade confere valorização do produto, que já vem tão envolvido na questão de responsabilidade social.